quinta-feira, 1 de julho de 2010

Conto 01 - Prólogo

- Eles estão vindo!

- Só mais um pouco, "Io" estou quase abrindo!
- Seja rápido com isso!
- Non trabalho sobre pressão, "senhore"...
- É porque você não está vendo o tamanho do machado do rapaz da segunda fileira...
- Calado Domenick! Pare de resmungar e venha me ajudar a segurar o portão. Frei Johann, como está Minerva?
- Desacordada ainda, mas o sangramento estancou...
- Tudo bem... Willian, guarde suas flechas para quando estivermos em retirada e ajude a carregá-la.
- Consegui!! Está aberta!
- VAMOS TODOS!!!!!
O empoeirado salão de obras raras tinha um cheiro horrível, mas eles não ficariam ali por muito tempo. Sabiam onde estava o livro que queriam. E na estante dos mais sagrados e antigos o vernáculo aramaico, a princípio ininteligível, compunha as folhas amareladas e gastas pelo passar dos séculos. Estava separado dos demais, só poderia ser ele. A história oculta, que não havia sido contada, a verdade que ninguém jamais ousou imaginar...
- Frei, pegue o pergaminho, rápido! Agora o senhor é que irá nos conduzir...
- Certo. Tem uma passagem atrás daquela estante que dá numa gruta. Poucos sabem que ela existe. A gruta desemboca num túnel. Sairemos alguns metros ao sul da Praça.
- Excelente! Leonardo, consegue trancar a porta novamente, e rápido?
- "Senhore", está falando com o melhor de "tutta l'Italia"!
- Perfeito. Vamos nos mexer para sairmos o mais rápido possível daqui, sinto os fantasmas desse lugar cravando seus olhos agourentos em mim o tempo todo. Vamos!
A Guarda Suíça adentrou como um trovão na sala vazia e silenciosa.
- Bruxaria! Filhos do demônio! Vamos homens, cerquem o lugar, não deixem que escapem esses desgraçados!
- Você não os pegou...
- Oh! Reverendíssimo Cardeal Werner, não se preocupe senhor, é apenas uma questão de tempo...
- Espero que seja mesmo capitão... - olhando para a mesa central vazia - espero que seja mesmo...

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A noite ia longa e a chuva ficara mais forte. Numa pequena e estreita rua, cercada pelos muros das belas casas romanas, cedeu uma pedra grande que calçava o chão e de lá, um a um, vultos escuros saltavam para fora da terra úmida.
Cuidadosos para não serem notados, asseguraram que não havia ninguém perambulando pelas vias de Roma e desapareceram por entre as esquinas das avenidas, banhadas de profunda escuridão e de um frio cortante, provocado pela chuva gelada que marcava o início do outono...

6 comentários:

  1. eita!
    intrigas no vaticano?
    daki a pouco suspendem nosso blog e ninguem sabe pq...

    MT

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  2. Galera, estou momentãneamente impossibilitado de postar, se até amanhã eu não puder avi-sá-los-hei e ceder-hei minha posição para outrem.
    mix

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  3. curti o "avi-sá-los-hei"


    boa mix!!!!!!!

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  4. Vai lá então o próximo da lista, então.

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